quinta-feira, 24 de março de 2011



''Ela imagina flores



Com cores que não existem em nenhum jardim


Tem amigos imaginários


Que pra toda pergunta


Respondem sim


Tem olhos que contam segredos


E medos que ninguém quer revelar


Um mar de rosas imperfeito


Que parte ao meio pra ela atravessar


Ela olha o céu encoberto


E acha graça em tudo que não pode ver


Imagens lentamente derretem


Prometem coisas que ela sabe que nunca vai ser


Ela é leve como o ar


Foi embora e não voltou


Como você e todo o mundo


Eu também finjo que eu sei


Quem eu sou


Ela começa a flutuar


As pessoas passam, olham e não veem


A cor do céu começa a mudar


Eu não entendo como os outros não percebem também.''


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