sábado, 12 de março de 2011

AVE MARIA DAS MULHERES ...























Mãe,










Aqui, agora e a sós










Quero lhe pedir por todas nós










Por aquelas que foram escolhidas










Para dar a vida










Mulheres de todas as espécies










De todos os credos, raças e nacionalidades










Todas aquelas nas quais a vida










Está envolvida em sorrisos, lágrimas,










tristezas e felicidades










Aquelas que sofrem por filhos










que geraram e perderam










As que trabalham o dia inteiro










Em casa ou em qualquer emprego










Quero pedir pelas mães










Que penam por seus filhos doentes










Quero pedir pelas meninas carentes










E pelas que ainda estão dentro de um ventre










Pelas adolescentes inexperientes










Pelas velhinhas esquecidas em asilos










Sem abrigo, sem família, carinho e amigos










Peço também pelas mulheres enfermas










Que em algum hospital










aguardam pela sua hora fatal










Quero pedir pelas mulheres ricas










Aquelas que apesar da fortuna










Vivem aflitas e na amargura










Peço por almas femininas mesquinhas,










pequenas e sozinhas










Por mulheres guerreiras a vida inteira










Pelas que não têm como dar a seus filhos










o pão e a educação










Peço pelas mulheres deficientes










Pelas inconsequentes










Rogo pelas condenadas,










aquelas que vivem enclausuradas










Por todas que foram obrigadas










a crescer antes do tempo










Que foram jogadas na lavoura










Ou em alguma cama devastadora










Rogo pelas que mendigando nas ruas










Sobrevivem apesar dessa tortura










Pelas revoltadas,










as excluídas e as sexualmente reprimidas










Peço pela mulher dominadora e pela traidora










Peço por aquela que sucumbiu sonhos dentro de si










Por todas que eu já conheci










Peço por mulheres solitárias e pelas ordinárias










As mulheres de vida difícil










e que fazem disso um ofício










E pelas que se tornaram voluntárias










por serem solidárias










Rogo por aquelas que vivem acompanhadas










Embora tristes e amarguradas










E por todas que foram abandonadas










As que tiveram que continuar sozinhas










Sem um parceiro, um amigo, um ombro querido










Peço pelas amigas










Pelas companheiras










Pelas inimigas










Pelas irmãs e pelas freiras










Suplico por aquelas que perderam a fé










Que se distanciaram da esperança










Quero pedir por todas que clamam por vingança










E com isso se perdem em sua inútil andança










Rogo pelas que correm atrás de justiça










Que a boa vontade dos homens as assista










Peço pelas que lutam por causas perdidas










Pelas escritoras e as doutoras










Pelas artistas e professoras










Pelas governantes e pelas menos importantes










Suplico pelas fêmeas










que são obrigadas a esconder seus rostos










E amputadas do prazer vivem no desgosto










Quero pedir também pelas ignorantes










E por todas que no momento estão gestantes










Por aquela mulher triste dentro do coração










Que vive com a alma mergulhada na solidão










Por aquela que busca um amor verdadeiro










Para se entregar de corpo inteiro










E peço pela que perdeu a emoção










Aquela que não tem mais paz dentro do coração










E rogo, imploro, por aquela que ama










E que não correspondida, vive uma vida sofrida










Aquela que perdeu o seu amor










E por isso, sua alma se fechou










Por todas que a droga destruiu










Por tantas que o vício denegriu










Suplico por aquela que foi traída










Por várias que são humilhadas










E pelas que foram contaminadas














Mãe,






quero pedir por todas nós










Que somos o sorriso e a voz










Que temos o sentimento mais profundo










Porque fomos escolhidas tanto quanto você










Para gerar e, apesar de qualquer coisa,






Amar...










Independente de quem forem nossos filhos










Feios ou bonitos










Amáveis ou rebeldes










Perfeitos ou deficientes










Tristes ou contentes






Mãe,










ajuda-nos a continuar nessa batalha










Nessa guerra diária










Nessa luta sem fim










Ajuda-nos a ser feliz como a gente sempre quis










Dai-nos coragem para continuar










Dai-nos saúde para ao menos tentar










Resignação para tudo aceitar










Dai-nos força para suportar nossas amarguras










E apesar de tudo










continuarmos a ser sinónimo de ternura










Perdoa-nos por nossos erros










E por nossos insistentes apelos










Perdoa-nos também por nossas revoltas










Nossas lágrimas e nossas derrotas










E não nos deixe nunca mãe, perdermos a fé










E sempre que puder










Peça por nós ao Pai










E lembre-lhe que quando ele criou EVA










Não deixou com ela nenhum mapa de orientação










Nenhum manual com indicação










Nenhuma seta indicando o caminho correcto










Nenhuma instrução de como viver










De como, a despeito de tudo vencer










E mesmo assim.....conseguimos aprender.


























Amém!






















Luciana da Silva Alcântara Almei






Namasté...

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